sexta-feira, 22 de julho de 2011

Vale acredita em acordo com Petrobras sobre potássio até setembro Valor Online



SÃO PAULO - A Vale espera que pode chegar nos próximos dois meses a uma solução com a Petrobras para explorar uma mina de carnalita - minério do qual se extrai cloreto de potássio - em Sergipe.
Está sendo discutido o arrendamento ou cessão à Vale de uma jazida que a estatal tem em Maruim (SE), o que destravaria um megaprojeto do grupo minerador para a produção anual de até 2,4 milhões de toneladas de potássio. O empreendimento é estimado em US$ 4 bilhões, com início da operação em 2015.
De acordo com o diretor-executivo da Vale na área de fertilizantes, Mário Barbosa, a empresa espera chegar a um acordo em breve. "Estamos conversando com a Petrobras. Acredito que até o mês de setembro ou outubro teremos uma solução", afirmou o executivo a jornalistas.
Como noticiou o Valor na edição de ontem, a Petrobras ainda estuda se vai optar pelo arrendamento ou cessão da reserva. A Vale já produz entre 600 mil e 700 mil toneladas de cloreto de potássio ao ano em Sergipe, garantindo cerca de 10% do consumo nacional.
As declarações de Barbosa foram dadas durante cerimônia que marcou a assinatura de um protocolo de intenções para a realização dos investimentos de R$ 3,5 bilhões previstos pela Vale na ampliação da capacidade de movimentação de cargas agrícolas e fertilizantes no porto de Santos.
Os aportes serão destinados, principalmente, à expansão do Terminal Marítimo da Ultrafertil e à aquisição de novas locomotivas e vagões para a Ferrovia Centro-Atlântica, além da construção e adaptação de pátios e terminais.
A expectativa da Vale é concluir a expansão portuária até o fim de 2014, mas o projeto ainda precisa receber o aval do conselho de administração da companhia.
Em curto discurso na cerimônia, Murilo Ferreira, presidente da Vale, disse que os investimentos serão realizados com recursos próprios e de parceiros comerciais (clientes da mineradora em atividades de logística).
Caberá à Vale os desembolsos na infraestrutura principal, deixando os investimentos considerados acessórios - como armazéns - aos parceiros. Não foi divulgada a quantia que cada parte irá arcar.
"Os recursos serão alocados, principalmente, no incremento das atividades portuárias, na ampliação dos pátios intermodais e na construção de armazéns portuários", afirmou Ferreira.
Também presente ao evento, o governador paulista, Geraldo Alckmin, disse que incentivos fiscais ao projeto ainda poderão ser avaliados. "Sempre estimulamos o investimento. A gente não deve tributar investimento", afirmou.
O governador destacou o impacto ambiental da ampliação logística. Estima-se que o aumento na movimentação de cargas por ferrovia pretendido pela Vale vai retirar cerca de mil caminhões por dia das estradas paulistas. "Tirar caminhão e fazer ferrovia, transportar por ferrovia, é a maior ação de política pública a favor do meio ambiente e qualidade de vida de nossa população", disse Alckmin.
(Eduardo Laguna | Valor)

(de http://oglobo.globo.com/economia/mat/2011/07/22/vale-acredita-em-acordo-com-petrobras-sobre-potassio-ate-setembro-924959391.asp#ixzz1SrpkBRuQ )

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