segunda-feira, 26 de setembro de 2011

A Vale e sua logística...


Vale recebe novo navio mineraleiro sul-coreano

Plantão | Publicada em 23/09/2011 às 11h27m
Valor OnlineRIO - A Vale dá mais um passo hoje na direção da eficiência logística no transporte transoceânico do minério de ferro que produz. A companhia batiza hoje dois novos navios VLOC (em inglês, very large ore carriers), Vale Rio de Janeiro e Vale Itália, encomendados ao estaleiro Daewoo Shipbuilding Marine Engineering. Além do Vale Brasil, os dois mineraleiros também fazem parte de uma encomenda de sete navios ao estaleiro sul-coreano.
O Vale Rio de Janeiro será entregue hoje e o Vale Itália - que será destinado principalmente ao transporte de minério de ferro entre Brasil e Taranto, na Itália - está previsto para ser entregue em outubro. Cada um dos navios terá, a exemplo do Vale Brasil, capacidade de transportar até 400 mil toneladas de minério.
Segundo a Vale, o desenvolvimento deste projeto representou um enorme desafio tecnológico em termos de inovação. Os navios permitem uma grande velocidade de carregamento e descarregamento, são adequados aos portos mais modernos do mundo e possuem eficiente sistema de drenagem, capaz de bombear água livre nos porões através de seis pocetos em cada um deles.
"Estes navios reduzem as emissões de carbono em 35% por tonelada de minério transportada. Em maio, o projeto recebeu o Nor-Shipping Clean Ship Award, prêmio internacional da indústria de navegação", diz a nota divulgada pela mineradora.
A companhia brasileira ressaltou a importância da infraestrutura logística no mercado de minério de ferro e lembrou que desenvolve iniciativas para obter economias de escala. Neste sentido, os novos navios farão parte da solução logística entre os terminais marítimos da empresa no Brasil e os clientes europeus e asiáticos, contribuindo para reduzir o custo de transporte transoceânico de minério de ferro.
"Nosso objetivo é ter uma frota própria dedicada para parte de nossas exportações, uma frota que seja mais eficiente, sustentável, com alto padrão de segurança operacional e que contribua significativamente para a redução da volatilidade no mercado de frete", afirmou, em nota, o diretor executivo de Marketing, Vendas e Estratégia da Vale, José Carlos Martins.
(Rafael Rosas/Valor)


De http://oglobo.globo.com/economia/mat/2011/09/23/vale-recebe-novo-navio-mineraleiro-sul-coreano-925424838.asp#ixzz1Z5G0HsqZ 

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

A "Vale" e a mineração de potássio. E quando acabar?


Vale testa nova tecnologia para extrair potássio em Sergipe

Plantão | Publicada em 14/09/2011 às 15h45m
Reuters/Brasil Online
Por Sabrina Lorenzi
RIO DE JANEIRO (Reuters) - A mineradora Vale desenvolveu uma tecnologia inédita no Brasil que será usada para extrair potássio a 1,2 mil metros de profundidade em reservas no Nordeste.
A nova técnica, que dispensa mão-de-obra no subsolo, está em fase piloto no Sergipe, na região em que a mineradora já produz o insumo para fertilizantes via contrato de arrendamento com a Petrobras, que detém a licença de exploração.
A mineradora já concluiu que o novo método pode ser aplicado no projeto, mas ainda está testando capacidade de produção e outras aplicações.
A Petrobras possui os direitos minerários de uma área que inclui a mina Taquari-Vassouras, entre outras áreas com potencial de potássio que poderão ser novamente arrendadas ou mesmo vendidas para a Vale. As duas empresas negociam o ativo e em breve deverão anunciar um acordo.
"Nós temos estudos importantes, não apenas sobre a exploracão, mas principalmente sobre o desenvolvimento da carnalita", afirmou o presidente da Vale, Murilo Ferreira, em entrevista à Reuters na semana passada.
Entre os minerais de onde pode ser extraído o potássio, estão a carnalita e a silvinita, ambas presentes em Sergipe.
"A equipe técnica da Vale desenvolveu um conceito que é patente da própria empresa e está registrado no Brasil, nos Estados Unidos, em vários países. Como sabemos, o país é grande dependente de fertilizantes e por isso este projeto é muito importante pra nós", acrescentou o executivo.
O processo para extrair potássio dos depósitos de carnalita conta com dois dutos. O primeiro injeta água aquecida nos poços subterrâneos para dissolver a rocha carnalita, que é levada à superfície, pelo outro duto, sob a forma de salmoura -uma mistura da carnalita com outros sais.
Já na superfície é realizada a separação do sal de potássio dos demais também presentes nos depósitos.
De acordo com a Vale, o processo, chamado Solution Mining, será usado não apenas no Sergipe, mas também nos projetos Rio Colorado e Neuquén (ambos na Argentina) e Kronau, no Canadá. Os três projetos são para a produção de silvinita.
A lavra piloto está localizada na Fazenda Pedras, no município de Maruim, em Sergipe. O local é próximo à divisa com Rosário do Catete, região que caracteriza-se pela presença de reservas de carnalita. O projeto deve entrar em operação entre 2014 e 2016.
A Vale já explora a mina arrendada da Petrobras em Sergipe desde 1991 e produz cloreto de potássio a partir dos sais de silvinita, num volume de cerca de 700 mil toneladas anuais.
O projeto atual extrai potássio da silvinita a uma profundidade de 450 metros, acima dos depósitos de carnalita.
A existência de hidrocarbonetos -a Petrobras procurava petróleo e também acabou encontrando potássio ali -propicia a ocorrência de gases explosivos na região, o que exigiu uma complexa tecnologia de lavra subterrânea desde o começo da exploração, pela Petrobras, na década de 80.
NEGOCIAÇÕES
Após um eventual acordo com a Petrobras, a Vale poderá mais que triplicar a produção de potássio no Sergipe, chegando a um volume de 2,2 milhões de toneladas anuais a partir da exploração da carnalita.
A expansão da produção poderá custar cerca de 4 bilhões de dólares.
Ferreira revelou que a petroleira poderá ceder -e não apenas arrendar- os direitos minerários da região para a Vale. A mineradora poderá pagar por essa "cessão" um valor que Ferreira não especificou.
"Fomos informados pelo presidente da Petrobras que eles não têm interesse no potássio nem no fosfato", afirmou.
Segundo ele, as empresas não estão negociando uma transação de troca de ativos, que envolveria uma fábrica de nitrogenados, mas sim uma operação simples de venda ou de arrendamento.
"Dissemos que estamos analisando em conjunto com a Petrobras a planta de Araucária (PR), negócio que está desassociado do projeto de carnalita", disse na entrevista. "Se for compra, cessão, vai receber dinheiro. Se for arrendamento, vai receber uma mensalidade", explicou Ferreira.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/economia/mat/2011/09/14/vale-testa-nova-tecnologia-para-extrair-potassio-em-sergipe-925354158.asp#ixzz1XxYMjNSU

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

A "Vale" na Austrália: plano frustrado pela justiça...


08/09/2011 - 08h56

Justiça australiana veta plano da Vale sobre mina de carvão



DA REUTERS


Um tribunal australiano bloqueou a tentativa da Vale de forçar sua parceira Aquila Resources a votar em um projeto de carvão, um movimento que poderia abrir caminho para a mineradora brasileira permanecer sozinha no projeto de US$ 1,75 bilhão.
A corte de Queensland decidiu no final da quarta-feira impedir que a reunião prevista para 17 de setembro fosse adiante até que um estudo de viabilidade seja concluído.
Se a Aquila perder o próximo julgamento, deverá pagar os danos à Vale por atrasar o projeto. Já se a mineradora brasileira sair perdedora, ambas empresas terão de apresentar um novo estudo para desenvolver a mina com capacidade para 4,5 milhões de toneladas anuais.
A reunião programada para 17 de setembro previa a votação do plano de desenvolvimento do projeto, cuja participação é compartilhada entre Vale e Aquila, que não tem garantias de acesso a ferrovias e portos.
A Aquila afirmou que, sem garantias de capacidade ferroviária e portuária, a empresa não teria condições de disponibilizar recursos para sua participação no projeto.
A Vale, por sua vez, informou ter disponibilizado US$ 875 milhões para sua fatia de 50% e disse estar pronta para iniciar a construção, em parte porque a mina enfrentará concorrência de muitos outros projetos de carvão na região.
A companhia brasileira afirmou ainda que, considerando a opção de preferência à Aquila, a produção em Eagle Downs seria atrasada em mais de um ano, com início previsto para outubro de 2015, após disponibilidade de acesso aos portos.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Imaginem em Anitápolis, do jeito que chove lá?


Deu na Folha de São Paulo em 05/09/2011 - 18h29:

Rejeito de mineradora vaza em Minas e preocupa moradores




PAULO PEIXOTO
DE BELO HORIZONTE
O vazamento de rejeitos ocorrido há uma semana nos córregos Paciência e Tijuco, área da Mineração Serras do Oeste (MSol), em Itabirito (MG), preocupa moradores do distrito de Acuruí, embora o órgão ambiental estadual diga não haver contaminação das águas.
"Não é um caso preocupante. A Copasa (estatal mineira de saneamento) fez exame na água e não constatou contaminação", disse a Feam (Fundação Estadual do Meio Ambiente), órgão de fiscalização vinculado à Secretaria de Estado do Meio Ambiente.
Segundo o órgão, por duas vezes na semana passada técnicos do órgão fiscalizaram a área afetada e constataram não ter havido contaminação por cianeto na água, produto utilizado na extração de ouro. Os córregos deságuam no Rio das Velhas, que abastece Belo Horizonte.
O motivo do vazamento foi o rompimento do duto que leva o rejeito para a barragem. Vazaram 273 mil litros de rejeito durante três horas. Segundo a Feam, a empresa detectou o vazamento e comunicou o problema às autoridades ambientais.
A Feam informou que, diante das reclamações dos moradores do distrito de Acuruí, no último sábado um técnico voltou ao local, na companhia de pessoas da comunidade, e não detectou problemas. Apenas um peixe morto, já em estado de decomposição, foi encontrado na área vistoriada.
Marina Sardinha, secretária do Meio Ambiente de Itabirito, disse que a empresa de água e esgoto do município e a vigilância sanitária municipal também fizeram inspeção e análises em materiais colhidos na área e não detectaram problemas de contaminação, além da sujeira provocada pelo vazamento. A limpeza está sendo providenciada pela empresa.