quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

A Bunge cresce...

Deu n'O Estadão on-line:


Quinta-Feira, 24 de Dezembro de 2009

Bunge adquire cinco usinas do Grupo Moema

Negócio é estimado em US$ 1,5 bilhão, mas não envolve dinheiro, só a troca de ações com os donos das usinas, que terão 9% da Bunge

Gustavo Porto

A multinacional Bunge fechou ontem, em São Paulo (SP), um dos maiores acordos do setor sucroalcooleiro do País ao adquirir cinco das seis usinas do Grupo Moema, com sede em Orindiúva (SP). O negócio, de US$ 1,5 bilhão, não envolveu dinheiro, apenas a troca de ações da Bunge na Bolsa de Nova York pelas do grupo brasileiro.


Com isso, os acionistas da Moema terão cerca de 9% de participação mundial na gigante do agronegócio. O valor base da troca de ações foi entre US$ 100 e US$ 102 por tonelada de cana processada pelas usinas, que moem 13,5 milhões de toneladas por safra.

O primeiro acordo assinado ontem foi com a Moemapar, holding cujo controle é dividido entre os empresários Maurílio Biagi Filho, Eduardo Diniz Junqueira e ainda filhos de Armando Junqueira. A Moemapar tem cerca de dois terços de participação total no grupo de usinas e controla 100% da unidade Moema, em Orindiúva; 56% da usina Frutal, na cidade homônima no Triângulo Mineiro; 50% da Ouroeste, na cidade paulista, 40% da Guariroba, em Pontes Gestal (SP), e 43,75% da Itapagipe, também em Minas Gerais.

Os outros sócios já firmaram acordo com a Bunge e assinarão a troca de ações nos próximos dias. O acordo, previsto para ser divulgado ontem à noite por meio de comunicado à Bolsa de Nova York, começa a valer no dia 1º de janeiro de 2010 por questões tributárias e fiscais. Entre os sócios da Moemapar nas usinas estão a Agropecuária CFM, o Grupo Arakaki, a Cargill, concorrente da Bunge, e a Humus Agrícola.

Para que o acordo fosse fechado, a Humus, que tinha 50% da Usina Vertente, assumiu a outra metade do controle da unidade que pertencia à Moemapar. Para isso, cedeu os 30% que tinha na Guariroba para o sócio e deixou o negócio. A Bunge, que só fecharia o acordo se todas as unidades fossem envolvidas, precisou ceder.

Além da aquisição feita ontem, a Bunge já tem 80% da Usina Santa Juliana, no Triângulo Mineiro, com moagem estimada em 2,5 milhões de toneladas de cana por safra. A multinacional também tem dois projetos em construção: a Usina Pedro Afonso, no Tocantins, que deve começar a operar em 2010, e a Usina Monte Verde, em Ponta Porã, em Mato Grosso do Sul, também com capacidade inicial de moagem de 1,4 milhão de toneladas, em 2012.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

A insaciável Bunge

Mais uma notícia sobre a aquisição da Moema:

Bunge pode se tornar a 3ª maior do Brasil em açúcar e álcool

Segundo fontes, empresa já teria fechado acordo para compra do Grupo Moema, em negócio de US$ 1,3 bilhão

Eduardo Magossi e Gustavo Porto

A multinacional Bunge, um dos maiores grupos de agronegócio do mundo, está perto de se tornar a terceira maior produtora brasileira de açúcar e álcool. Segundo fontes, a empresa teria assinado um acordo para a aquisição das participações do Grupo Moema em seis usinas, por um valor estimado entre US$ 100 a US$ 105 por tonelada de cana-de-açúcar processada. Como o Grupo Moema possui uma capacidade de moagem de cerca de 13,5 milhões de toneladas, a estimativa é de que o negócio possa atingir US$ 1,35 bilhão. O valor estaria bem acima dos US$ 65 por tonelada pagos pela Cosan pela NovAmerica.


O controle do Grupo Moema é dividido de forma homogênea entre os empresários Maurilio Biagi, Eduardo Junqueira e os herdeiros de Armando Junqueira. Os principais motivos para a venda seria a divergência entre os sócios, além da dívida, estimada entre R$ 1 bilhão e R$ 1,5 bilhão pelas fontes do mercado. Tanto a Bunge como o Grupo Moema negaram que um acordo de compra já tenha sido fechado.

Com sede em Orindiúva, no interior de São Paulo, o Grupo Moema é formado por seis usinas, das quais a empresa detém o controle de apenas duas: a Usina Moema, onde possui 100% do capital, e a Usina Frutal, com 56% do controle (os demais 44% estão nas mãos de minoritários). Nas demais quatro usinas, a empresa não possui o controle. Na Usina Vertente, possui 50% das ações e os outros 50% pertencem à Humus Participações. Na Itapagipe, a Moema possui 43,75%, a Cargill outros 43,75% e o restante está nas mãos de minoritários. Na Usina Guariroba, a Moema possui 40%, a CFM possui 30% e a Humus Participações outros 30%. Já a Usina Ouro Oeste tem 50% do controle com a Moema, e os 50% restantes estão com o Grupo Arakaki.

A aquisição fará com que a Bunge tenha uma moagem de 16 milhões de toneladas de cana já a partir da próxima safra. Apenas com o Grupo Moema, a Bunge leva uma moagem de cana-de-açúcar estimada em 13,5 milhões de toneladas, uma produção de 16,5 milhões de sacas de açúcar e de 637 milhões de litros de etanol por safra. A multinacional já possui 80% da Usina Santa Juliana, no Triângulo Mineiro, que possui moagem estimada em 2,5 milhões de toneladas de cana. A Bunge também tem 2 projetos em construção: a usina Pedro Afonso, no Tocantins, sua segunda planta, que deve começar suas operações, em 2010, com moagem de 1,4 milhão de toneladas, e a Usina Monte Verde, em Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, também com capacidade inicial de moagem de 1,4 milhão de toneladas, em 2012.

Se confirmada, a compra do Grupo Moema pela Bunge coloca a empresa no topo dos maiores produtores do Brasil. Fica atrás apenas Cosan (60 milhões de toneladas de moagem de cana) e LDC-SEV (40 milhões) e um pouco à frente de São Martinho e Guarani (com cerca de 13 milhões de toneladas cada). A cooperativa Coopersucar possui capacidade de moagem de 67 milhões de toneladas de cana, levando-se em conta todos os seus sócios.

A intenção da Bunge era comprar todas as usinas do Grupo Moema integralmente. Fontes do mercado informam que isto, contudo, ainda não aconteceu. "O negócio com o Grupo Moema foi fechado e agora o próximo passo será a negociação com os demais acionistas, porque a Bunge quer o controle de todas as seis usinas", disse fonte próxima à negociação. Na configuração atual, a Bunge terá apenas maioria da Usina Moema e na Frutal.

Bunge compraria Moema?

No Diário Catarinense de hoje (24/11/2009):


INFORME ECONÔMICO | ESTELA BENETTI


US$ 1,35 bilhão

Este é o valor pelo qual o mercado estima que o grupo Bunge estaria comprando o grupo Moema, do setor de açúcar. Isto porque a capacidade de moagem das seis usinas do Moema é de 13,5 milhões de toneladas. O grupo, que tem matriz nos EUA e sede da unidade de alimentos em Gaspar, SC, está avançando rápido no setor de açúcar.


quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Bunge negocia com Petrobras na Argentina.

Da FolhaOnLine (http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u654473.shtml):

Petrobras vende divisão de fertilizantes na Argentina para a Bunge

da Efe, em Buenos Aires

A Petrobras Energia, subsidiária na Argentina da Petrobras, informou nesta quarta-feira que aprovou a venda de seu negócio de fertilizantes à americana Bunge.

"A Petrobras Energia transfere ao comprador ativos físicos, marca, rede comercial e pessoal vinculado ao negócio em questão", disse em comunicado a companhia, que explicou que a venda vai gerar um lucro antes de impostos de 70 milhões de pesos (US$ 18,3 milhões).

A decisão da Petrobras Energia de vender os ativos "responde à estratégia da companhia de avaliar recorrentemente a composição de sua pasta de negócios e ativos a fim de identificar oportunidades que permitam maximizar o valor da companhia", acrescenta a nota.

A divisão de fertilizantes da Petrobras Energia possui uma unidade de produção na província de Buenos Aires que opera desde 1968 e tem capacidade de produção de fertilizantes líquidos de 474 mil toneladas anuais.

Além disso, a divisão possui depósitos em cerca de dez outras cidades argentinas e uma rede de distribuidores em todo o país.



terça-feira, 17 de novembro de 2009

Após 27 anos na Sadia executivo vai para a Bunge

Tomazoni, ex-Sadia, vira vice-presidente na Bunge


Valor Online


SÃO PAULO - Gilberto Tomazoni, diretor-presidente da Sadia até setembro deste ano, foi contratado como vice-presidente da divisão de Foods Ingredients para a América do Sul da Bunge Alimentos. O executivo, que ficou por 27 anos na Sadia e saiu após a crise dos derivativos, começou a trabalhar na semana passada na multinacional e vai cuidar dos negócios da Bunge na América do Sul, que envolvem produtos como óleo de soja, azeite e margarina.

Esse segmento, como disse Tomazoni ao Valor, já está bastante desenvolvido no Brasil, e sua tarefa será ampliar os mercados da América do Sul. " O maior desafio será ampliar a atuação da Bunge no mercado de consumo e processamento de ingredientes na América do Sul e fortalecer a posição da empresa no mercado brasileiro " .

Gilberto Tomazoni foi diretor-presidente da Sadia nos últimos quatro anos e deixou a empresa um ano depois da crise dos derivativos cambiais, que fizeram a empresa perder R$ 2,6 bilhões. O episódio levou a Sadia a uma crise sem precedentes e precipitou sua incorporação pela concorrente Perdigão, negócio que criou a Brasil Foods.

Quando o problema dos derivativos cambiais estourou, em setembro do ano passado, analistas do setor já avaliavam que Tomazoni deixaria a Sadia, pois, apesar de não ser o responsável pelas operações financeiras, saiu chamuscado do episódio.

Um ano mais tarde, em entrevista ao Valor Online, no dia de sua saída, Tomazoni, de 51 anos, disse que a decisão de deixar a Sadia começou a ser tomada após o anúncio da união com a Perdigão, em maio passado.

Júlio Cardoso, ex-presidente da Seara, substituiu Tomazoni na Sadia e deve seguir no posto até que a empresa exista juridicamente. Perdigão e Sadia continuam operando separadamente enquanto aguardam parecer do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) sobre a união. Tiveram autorização do Cade apenas para coordenar suas atividades de venda no mercado externo.

" Estou me sentindo superbem aqui na Bunge " , disse o executivo, na sexta-feira à tarde, por telefone, da sede da empresa, em Gaspar (SC). " Acredito que meu conhecimento após 27 anos de Sadia possa contribuir para a companhia " , afirmou, referindo-se à Bunge.

Com faturamento de R$ 23,3 bilhões em 2008, a Bunge Alimentos é líder nas exportações de grãos e na moagem de trigo no país.

(Alda do Amaral Rocha | Valor)

Publicada em 16/11/2009 às 10h47m no Globo OnLine (http://oglobo.globo.com/economia/mat/2009/11/16/tomazoni-ex-sadia-vira-vice-presidente-na-bunge-914783005.asp)

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Onde há fosfato há Urânio?

Então pode haver Urânio na jazida de fosfato de Anitápolis:

Greenpeace denuncia suposto vazamento de urânio em usina na Bahia


da Agência Folha, em Salvador

A organização ambientalista Greenpeace denunciou nesta terça-feira (10) um suposto vazamento de concentrado de urânio numa usina de processamento do minério em Caetité (BA). A usina é administrada pela INB (Indústrias Nucleares do Brasil), estatal vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia.

Suspeita de vazamento de substância radioativa interdita UFPR

A denúncia sobre o vazamento, que teria ocorrido no último dia 28, foi baseada em relatos de moradores do município, que alertaram sobre o risco de 30 mil litros do produto atingirem lençóis freáticos da região.

"Vazamentos desse tipo expõem a fragilidade da segurança nuclear. E depois de duas semanas não sabemos ainda a extensão da contaminação do solo, da água e quais os riscos para os moradores da redondeza", disse André Amaral, coordenador da campanha contra energia nuclear do Greenpeace.

A estatal e a ONG divergiram acerca da quantidade e do produto que vazou no último dia 28. Segundo a assessoria de imprensa da INB, houve o vazamento de apenas 500 litros de querosene, usado no processo de retirada do urânio da rocha.

Segundo a INB, o material, que já foi removido, vazou em razão de uma chuva intensa que causou picos irregulares de energia elétrica e, consequentemente, problemas técnicos em máquinas da usina.

"O incidente não provocou danos nem aos trabalhadores nem ao meio ambiente", afirmou a assessoria. Ainda assim, uma equipe técnica da Cnen (Comissão Nacional de Energia Nuclear), órgão que fiscaliza o setor, foi ao local para avaliar as causas do incidente e os possíveis danos ambientais.

Administrada pela INB desde 2000, a mina em Caetité é responsável pelo abastecimento das usinas Angra 1 e 2. Com Angra 3, a produção será triplicada até a inauguração da usina, prevista para 2014. O governo estuda ainda a instalação de mais quatro usinas nucleares, sendo duas no Nordeste.

Nesses nove anos, já ocorreram seis vazamentos --de substâncias diferentes-- na usina em Caetité. Em 2004, três municípios vizinhos registraram mortandade de peixes por causa de um vazamento de concentrado de urânio, tório e rádio.

Em outubro do ano passado, a ONG afirmou que a água do município estava contaminada por urânio, segundo análises de um laboratório no Reino Unido. Logo depois, a INB apresentou estudos oficiais que negavam a informação.

(de http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u651203.shtml)

Fosfertil e seus interesses...

Os interesses ditam as ações:

Fosfertil retira processo de antidumping


R1
Valor Online

" Houve uma decisão estratégica da indústria de retirar o processo " , afirmou Josefina Guedes, economista da Guedes e Pinheiro Consultoria Internacional, que representa a Fosfertil no processo. " Vamos esperar o momento para reavaliar o processo. Vamos atualizar as informações e as margens podem ser maiores no futuro " .

Em novembro de 2008, a Câmara de Comércio Exterior (Camex) aprovou a imposição de tarifas entre 2,4% e 36,3% sobre a matéria-prima usada em fertilizantes. Mas a decisão foi imediatamente suspensa em nome do " interesse nacional " , já que os preços dos fertilizantes haviam dobrado de preço em alguns casos. A medida seria revista em um ano. No fim de setembro, a Fosfertil havia pedido a revisão do processo. Agora, mudou de posição. " Temos direito de avisar ao governo quando não se tem interesse. Isso é usual " , afirmou a representante da Fosfertil.

" O mercado mudou pela crise. É delicado para todo mundo. Há excesso de oferta e preços despencando. As margens podem favorecer a indústria e, no futuro, pode ser muito maior " .

(Mauro Zanatta | Valor)


sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Bunge pode fechar unidades no Brasil

Sexta-Feira, 23 de Outubro de 2009
Presidente da companhia anuncia redução de custos por causa da valorização do real
ow Jones Newswires, CHICAGO

O presidente e executivo-chefe da gigante americana de agribusiness Bunge Co., Alberto Weisser, disse ontem que a companhia está reduzindo custos no Brasil por causa da valorização do real e que, por causa disso, unidades poderão ser fechadas no País. O executivo afirmou que, na visão da empresa, a moeda brasileira deve continuar forte. As declarações foram dadas durante entrevista para comentar os resultados do terceiro trimestre.

Na divulgação dos números, o representante da companhia disse que, além dos problemas com a questão cambial, a redução do plantio de milho e algodão no Brasil afetou as vendas de adubos no País, seu principal mercado.

Mais tarde, na entrevista, Weisser se disse otimista em relação à recuperação do setor de fertilizantes em 2010, na medida em que a Bunge recomponha estoques ao custo de mercado e registre recuperação na demanda brasileira.

O presidente da Bunge também afirmou que continua confiante de que o aumento na demanda por alimentos vai puxar o segmento de agribusiness da companhia, embora a desvalorização do dólar em relação ao real e ao euro seja um fator preocupante. "Apesar da crise (econômica), nada mudou", disse. "Precisaremos de mais alimentos."

Weisser e outros executivos do setor agrícola se mantêm otimistas a respeito do aumento na demanda por alimentos no longo prazo por causa de fatores demográficos, apesar de os investidores estarem vendendo agressivamente os papéis do setor desde o estouro da bolha das commodities, em 2008.

Weisser observou que os preços historicamente altos de alguns produtos agrícolas apontam para a necessidade de aumentar a oferta. A demanda por carne e lácteos nos mercados em desenvolvimento continua a aumentar, apesar de quedas nos Estados Unidos e na Europa, ponderou.

A Bunge é uma das maiores processadoras mundiais de grãos e outros produtos agrícolas e também atua no setor de fertilizantes. Ontem, a companhia informou uma queda de 1% no lucro do terceiro trimestre fiscal, para US$ 232 milhões, resultado creditado ao desempenho ruim do setor de adubos. Como outros produtores desse insumo, a Bunge tinha estoques altos quando os preços despencaram em 2008. A esperada recuperação no segundo semestre não ocorreu.

Por causa disso, a Bunge mais uma vez reduziu sua previsão de resultados para 2009. Agora, a companhia espera lucro anual de US$ 3,10 a US$ 3,50 por ação, ante intervalo entre US$ 4,90 e US$ 5,40 por ação previsto em abril.


(de http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20091023/not_imp455104,0.php)

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Lucro menor devido a menor consumo no Brasil...

Brasil contribui para queda de lucro da Bunge no 3o tri

Reuters/Brasil Online

CHICAGO (Reuters) - A Bunge Ltd apresentou um leve declínio no lucro do terceiro trimestre e reduziu sua estimativa para o ano nesta quinta-feira, citando um panorama mais fraco para os fertilizantes no Brasil.

O lucro líquido caiu para 232 milhões de dólares, ou 1,62 dólar por ação, ante 234 milhões de dólares ou 1,70 dólar por ação no mesmo período do ano anterior. Na média, analistas esperavam ganhos de 1,47 dólar por ação.

A receita caiu 24 por cento, para 11,3 bilhões de dólares, comparado com estimativas de analistas de 12,02 bilhões de dólares.

A empresa com base em Nova York disse que os fortes resultados em agribusiness foram decorrentes de boas margens. Mas a Bunge relatou perdas em fertilizantes devido aos altos custos de estocagem e aos baixos preços de mercado.

A empresa reduziu sua estimativa para o lucro no ano para 3,10 a 3,50 dólares por ação devido a um panorama mais fraco do que o esperado a curto prazo para os fertilizantes. A empresa esperava anteriormente um lucro entre 4,90 a 5,40 dólares por ação.

"Os resultados de fertilizantes serão mais fracos do que esperado anteriormente devido a um ambiente mais fraco de preços tanto internacionalmente como no Brasil", disse o diretor financeiro Jacqualyn Fouse em comunicado.

A Bunge, maior produtor e fornecedor de fertilizantes na América do Sul, disse que os volumes de vendas dos produtores subiram sazonalmente no terceiro trimestre, mas não foram tão fortes como esperado.

Fracas margens de fertilizantes levaram a um prejuízo líquido de 127 milhões de dólares no segmento.

As vendas de fertilizantes no Brasil foram afetadas pelas restrições de crédito dos produtores. Além disso, eles estão reduzindo o plantio de milho e algodão, que exigem muitos nutrientes, em favor da soja, que não precisa de tanto fertilizante.

A empresa disse ainda que o aperto da oferta na Argentina por conta da seca e a forte demanda da China pela oleaginosa ajudaram seus negócios de originação de grãos nos EUA e no Brasil.

(Por Karl Plume)

O lucro da Bunge...

D´O Globo:

Bunge registra lucro menor no 3o tri e reduz previsão anual

Reuters/Brasil Online

CHICAGO (Reuters) - A processadora de oleaginosas e produtora de fertilizantes Bunge Ltd apresentou um leve declínio no lucro do terceiro trimestre e reduziu sua estimativa para o ano nesta quinta-feira, em meio a um panorama mais fraco a curto prazo para os fertilizantes.

O lucro líquido caiu para 232 milhões de dólares, ou 1,62 dólar por ação, ante 234 milhões de dólares ou 1,70 dólar por ação no mesmo período do ano anterior.

A empresa com base em Nova York disse que os fortes resultados em agribusiness foram resultado de boas margens. Mas a Bunge relatou perdas em fertilizantes devido aos altos custos de estocagem e aos baixos preços de mercado.

A empresa reduziu sua estimativa para o lucro no ano para 3,10 a 3,50 dólares por ação, ante previsão anterior de 4,90 a 5,40 dólares.

(Por Karl Plume)

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Desacordo no preço impediu venda do Pacífico à Bunge

Desacordo no preço impediu venda do Pacífico à Bunge

da Reuters

Uma diferença em torno de 10% no valor do negócio impediu que a Bunge Ltd. comprasse o Moinho Pacífico, de Santos (SP), maior unidade de moagem de trigo da América do Sul, disse nesta quarta-feira Lawrence Pih, proprietário da companhia.

Circularam comentários no mercado, no primeiro semestre, sobre uma eventual negociação entre as partes, mas até agora nenhum dos dois lados havia confirmado que houve negociação.

"É verdade. Houve uma negociação e chegamos a assinar um contrato de confidencialidade. E não fechou por uma questão de números", disse Pih à Reuters em seu escritório na sede administrativa do moinho, na região dos Jardins, em São Paulo.

"No final havia uma diferença de mais ou menos 10% entre o que eles queriam pagar e o que eu queria receber", acrescentou o empresário.

A Bunge já domina o mercado de processamento de trigo no Brasil, com nove unidades de industrialização em sete Estados mais o Distrito Federal.

A eventual compra do Pacífico, que possui capacidade de moagem anual de aproximadamente 900 mil toneladas de trigo, lhe daria uma posição de dominância no maior mercado consumidor no Brasil, o do Estado de São Paulo.

Segundo Pih, a negociação se estendeu por aproximadamente dois meses e chegou à direção da companhia, em White Plains, Estado de Nova York. As conversas foram encerradas em julho, sem acordo.

O empresário não quis revelar quanto pediu pela companhia.

"A mídia falou em 200 milhões de dólares, o mercado falou em 250 milhões. Não repassei mandato de venda para ninguém e não tenho interesse em vender, mas como empresário sou obrigado a ouvir a proposta".

A Reuters comunicou à Bunge no Brasil sobre o teor da entrevista, buscando confirmação sobre a negociação, mas não havia uma posição até a publicação deste texto.

(de http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u638162.shtml)

Usina da Infinity está na mira de Bertin, Bunge e Noble

15/10/09 - 00:00 > AGRONEGÓCIOS
Usina da Infinity está na mira de Bertin, Bunge e Noble


Priscila Machado
SÃO PAULO - A recuperação das usinas nesta safra com a alta do açúcar e o aumento recente dos preços do álcool já resultam em um forte movimento de retomada das operações das empresas do setor. Além da intensificação da compra e venda de usinas, as empresas estão apostando em parcerias para novos projetos e desenvolvimento de tecnologia.

A próxima negociação do setor deverá ser a venda de umas das usinas do grupo Infinity Bio-Energy Brasil Participações S.A., controladora de cinco unidades sucroalcooleiras no País. A unidade que está sendo negociada junto a outras três companhias é a Usina Naviraí (Usinavi), localizada no Mato Grosso do Sul. A Bunge, o Noble Group e o Bertin são apontadas como possíveis compradoras e um acordo deve sair até o final de 2009. Com capacidade de moagem de 3,2 milhões de toneladas de cana-de-açúcar a Usinavi é a maior planta industrial da Infinity no País.

A possível venda da Usinavi está prevista no plano de recuperação judicial da Infinity e seria uma forma de a companhia reduzir seu passivo declarado de R$ 981,3 milhões. Em um laudo incluso no plano de recuperação judicial, a unidade produtora, máquinas e equipamentos foram avaliados em R$ 177,3 milhões. O plano deve ser votado, de acordo com a empresa, na segunda semana de novembro, em uma assembleia de credores prevista para ocorrer em São Paulo.

Na mesma região da Usinavi, a ETH Bioenergia inaugurou ontem a unidade Santa Luzia, localizada no Município de Nova Alvorada do Sul. A unidade tem capacidade de moagem inicial de 3 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por safra e será a maior usina de etanol e energia elétrica instalada no Mato Grosso do Sul.

Com os preços do açúcar e álcool em alta, as empresas sucroalcooleiras voltam a apresentar liquidez após dois anos de crise para o setor. Com a perspectiva de demanda crescente para os dois produtos as empresas sinalizam a retomada de projetos e novos investimentos. "Até 2012, a previsão é investir cerca de R$ 400 milhões para elevar a capacidade instalada de moagem da usina para 6 milhões de toneladas por safra", afirma José Carlos Grubisich, presidente da ETH, sobre a usina que acaba de ser inaugurada pela empresa.

Além da Unidade Santa Luzia, a ETH conta com mais dois projetos greenfields de igual capacidade instalada de moagem: a unidade Rio Claro, localizada em Goiás, que iniciou as operações em agosto deste ano, e a unidade Conquista do Pontal, construída em São Paulo, que será inaugurada em outubro. A primeira fase das três unidades contou com investimento de R$ 1,5 bilhão.

A ETH opera ainda a unidade Alcídia, também localizada em São Paulo e deve iniciar a safra 2010/2011 com capacidade instalada de moagem de 13,2 milhões de toneladas de cana por safra. Até 2012, as outras usinas passarão por novos ciclos de investimentos. Nesse contexto, o investimento total em cada greenfield será de R$ 900 milhões e a capacidade total instalada de moagem das cinco unidades da ETH atingirá 28 milhões de toneladas de cana por safra.

Na última semana, a companhia anunciou que irá fazer uma combinação de seus ativos com a Brenco e a assinatura de um contrato para o fornecimento, por três anos, de 150 milhões de litros de etanol com a Braskem. A Braskem, por sua vez, anunciou um acordo com a Johnson & Johnson para a venda do polietileno verde produzido pela companhia no Rio Grande do Sul a partir do final do ano que vem.

As novas parcerias foram anunciadas no momento em que os preços do etanol estão subindo de forma acelerada, preocupando até mesmo o governo. O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, afirmou ontem que o governo tem mecanismos para intervir no mercado, caso os preços do álcool continuem em níveis elevados. O preço do álcool disparou nos postos brasileiros, subindo 8,74% em um mês, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP).

Uma das medidas sugeridas seria a redução de financiamento para formação de estoques. A segunda alternativa seria a redução da mistura do álcool à gasolina. "Essa mistura já esteve em 23% e passou para 25%. Podemos diminuir", comentou o ministro.

Outra pendência no âmbito governamental aguardada pelas empresas do setor é a criação do marco regulatório defendido ontem por Marcos Jank, presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Única), na Câmara Federal, além de uma política tributária mais favorável para reduzir as incertezas quanto participação do etanol na futura matriz de combustíveis.
(de http://www.dci.com.br/noticia.asp?id_noticia=304539&__akacao=189741&__akcnt=824b6f65&__akvkey=4d21&utm_source=akna&utm_medium=email&utm_campaign=ONN%20Destaques%20DCI%20%2815/10/2009%29)