quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Lucro menor devido a menor consumo no Brasil...

Brasil contribui para queda de lucro da Bunge no 3o tri

Reuters/Brasil Online

CHICAGO (Reuters) - A Bunge Ltd apresentou um leve declínio no lucro do terceiro trimestre e reduziu sua estimativa para o ano nesta quinta-feira, citando um panorama mais fraco para os fertilizantes no Brasil.

O lucro líquido caiu para 232 milhões de dólares, ou 1,62 dólar por ação, ante 234 milhões de dólares ou 1,70 dólar por ação no mesmo período do ano anterior. Na média, analistas esperavam ganhos de 1,47 dólar por ação.

A receita caiu 24 por cento, para 11,3 bilhões de dólares, comparado com estimativas de analistas de 12,02 bilhões de dólares.

A empresa com base em Nova York disse que os fortes resultados em agribusiness foram decorrentes de boas margens. Mas a Bunge relatou perdas em fertilizantes devido aos altos custos de estocagem e aos baixos preços de mercado.

A empresa reduziu sua estimativa para o lucro no ano para 3,10 a 3,50 dólares por ação devido a um panorama mais fraco do que o esperado a curto prazo para os fertilizantes. A empresa esperava anteriormente um lucro entre 4,90 a 5,40 dólares por ação.

"Os resultados de fertilizantes serão mais fracos do que esperado anteriormente devido a um ambiente mais fraco de preços tanto internacionalmente como no Brasil", disse o diretor financeiro Jacqualyn Fouse em comunicado.

A Bunge, maior produtor e fornecedor de fertilizantes na América do Sul, disse que os volumes de vendas dos produtores subiram sazonalmente no terceiro trimestre, mas não foram tão fortes como esperado.

Fracas margens de fertilizantes levaram a um prejuízo líquido de 127 milhões de dólares no segmento.

As vendas de fertilizantes no Brasil foram afetadas pelas restrições de crédito dos produtores. Além disso, eles estão reduzindo o plantio de milho e algodão, que exigem muitos nutrientes, em favor da soja, que não precisa de tanto fertilizante.

A empresa disse ainda que o aperto da oferta na Argentina por conta da seca e a forte demanda da China pela oleaginosa ajudaram seus negócios de originação de grãos nos EUA e no Brasil.

(Por Karl Plume)

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