sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Bunge pode fechar unidades no Brasil

Sexta-Feira, 23 de Outubro de 2009
Presidente da companhia anuncia redução de custos por causa da valorização do real
ow Jones Newswires, CHICAGO

O presidente e executivo-chefe da gigante americana de agribusiness Bunge Co., Alberto Weisser, disse ontem que a companhia está reduzindo custos no Brasil por causa da valorização do real e que, por causa disso, unidades poderão ser fechadas no País. O executivo afirmou que, na visão da empresa, a moeda brasileira deve continuar forte. As declarações foram dadas durante entrevista para comentar os resultados do terceiro trimestre.

Na divulgação dos números, o representante da companhia disse que, além dos problemas com a questão cambial, a redução do plantio de milho e algodão no Brasil afetou as vendas de adubos no País, seu principal mercado.

Mais tarde, na entrevista, Weisser se disse otimista em relação à recuperação do setor de fertilizantes em 2010, na medida em que a Bunge recomponha estoques ao custo de mercado e registre recuperação na demanda brasileira.

O presidente da Bunge também afirmou que continua confiante de que o aumento na demanda por alimentos vai puxar o segmento de agribusiness da companhia, embora a desvalorização do dólar em relação ao real e ao euro seja um fator preocupante. "Apesar da crise (econômica), nada mudou", disse. "Precisaremos de mais alimentos."

Weisser e outros executivos do setor agrícola se mantêm otimistas a respeito do aumento na demanda por alimentos no longo prazo por causa de fatores demográficos, apesar de os investidores estarem vendendo agressivamente os papéis do setor desde o estouro da bolha das commodities, em 2008.

Weisser observou que os preços historicamente altos de alguns produtos agrícolas apontam para a necessidade de aumentar a oferta. A demanda por carne e lácteos nos mercados em desenvolvimento continua a aumentar, apesar de quedas nos Estados Unidos e na Europa, ponderou.

A Bunge é uma das maiores processadoras mundiais de grãos e outros produtos agrícolas e também atua no setor de fertilizantes. Ontem, a companhia informou uma queda de 1% no lucro do terceiro trimestre fiscal, para US$ 232 milhões, resultado creditado ao desempenho ruim do setor de adubos. Como outros produtores desse insumo, a Bunge tinha estoques altos quando os preços despencaram em 2008. A esperada recuperação no segundo semestre não ocorreu.

Por causa disso, a Bunge mais uma vez reduziu sua previsão de resultados para 2009. Agora, a companhia espera lucro anual de US$ 3,10 a US$ 3,50 por ação, ante intervalo entre US$ 4,90 e US$ 5,40 por ação previsto em abril.


(de http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20091023/not_imp455104,0.php)

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Lucro menor devido a menor consumo no Brasil...

Brasil contribui para queda de lucro da Bunge no 3o tri

Reuters/Brasil Online

CHICAGO (Reuters) - A Bunge Ltd apresentou um leve declínio no lucro do terceiro trimestre e reduziu sua estimativa para o ano nesta quinta-feira, citando um panorama mais fraco para os fertilizantes no Brasil.

O lucro líquido caiu para 232 milhões de dólares, ou 1,62 dólar por ação, ante 234 milhões de dólares ou 1,70 dólar por ação no mesmo período do ano anterior. Na média, analistas esperavam ganhos de 1,47 dólar por ação.

A receita caiu 24 por cento, para 11,3 bilhões de dólares, comparado com estimativas de analistas de 12,02 bilhões de dólares.

A empresa com base em Nova York disse que os fortes resultados em agribusiness foram decorrentes de boas margens. Mas a Bunge relatou perdas em fertilizantes devido aos altos custos de estocagem e aos baixos preços de mercado.

A empresa reduziu sua estimativa para o lucro no ano para 3,10 a 3,50 dólares por ação devido a um panorama mais fraco do que o esperado a curto prazo para os fertilizantes. A empresa esperava anteriormente um lucro entre 4,90 a 5,40 dólares por ação.

"Os resultados de fertilizantes serão mais fracos do que esperado anteriormente devido a um ambiente mais fraco de preços tanto internacionalmente como no Brasil", disse o diretor financeiro Jacqualyn Fouse em comunicado.

A Bunge, maior produtor e fornecedor de fertilizantes na América do Sul, disse que os volumes de vendas dos produtores subiram sazonalmente no terceiro trimestre, mas não foram tão fortes como esperado.

Fracas margens de fertilizantes levaram a um prejuízo líquido de 127 milhões de dólares no segmento.

As vendas de fertilizantes no Brasil foram afetadas pelas restrições de crédito dos produtores. Além disso, eles estão reduzindo o plantio de milho e algodão, que exigem muitos nutrientes, em favor da soja, que não precisa de tanto fertilizante.

A empresa disse ainda que o aperto da oferta na Argentina por conta da seca e a forte demanda da China pela oleaginosa ajudaram seus negócios de originação de grãos nos EUA e no Brasil.

(Por Karl Plume)

O lucro da Bunge...

D´O Globo:

Bunge registra lucro menor no 3o tri e reduz previsão anual

Reuters/Brasil Online

CHICAGO (Reuters) - A processadora de oleaginosas e produtora de fertilizantes Bunge Ltd apresentou um leve declínio no lucro do terceiro trimestre e reduziu sua estimativa para o ano nesta quinta-feira, em meio a um panorama mais fraco a curto prazo para os fertilizantes.

O lucro líquido caiu para 232 milhões de dólares, ou 1,62 dólar por ação, ante 234 milhões de dólares ou 1,70 dólar por ação no mesmo período do ano anterior.

A empresa com base em Nova York disse que os fortes resultados em agribusiness foram resultado de boas margens. Mas a Bunge relatou perdas em fertilizantes devido aos altos custos de estocagem e aos baixos preços de mercado.

A empresa reduziu sua estimativa para o lucro no ano para 3,10 a 3,50 dólares por ação, ante previsão anterior de 4,90 a 5,40 dólares.

(Por Karl Plume)

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Desacordo no preço impediu venda do Pacífico à Bunge

Desacordo no preço impediu venda do Pacífico à Bunge

da Reuters

Uma diferença em torno de 10% no valor do negócio impediu que a Bunge Ltd. comprasse o Moinho Pacífico, de Santos (SP), maior unidade de moagem de trigo da América do Sul, disse nesta quarta-feira Lawrence Pih, proprietário da companhia.

Circularam comentários no mercado, no primeiro semestre, sobre uma eventual negociação entre as partes, mas até agora nenhum dos dois lados havia confirmado que houve negociação.

"É verdade. Houve uma negociação e chegamos a assinar um contrato de confidencialidade. E não fechou por uma questão de números", disse Pih à Reuters em seu escritório na sede administrativa do moinho, na região dos Jardins, em São Paulo.

"No final havia uma diferença de mais ou menos 10% entre o que eles queriam pagar e o que eu queria receber", acrescentou o empresário.

A Bunge já domina o mercado de processamento de trigo no Brasil, com nove unidades de industrialização em sete Estados mais o Distrito Federal.

A eventual compra do Pacífico, que possui capacidade de moagem anual de aproximadamente 900 mil toneladas de trigo, lhe daria uma posição de dominância no maior mercado consumidor no Brasil, o do Estado de São Paulo.

Segundo Pih, a negociação se estendeu por aproximadamente dois meses e chegou à direção da companhia, em White Plains, Estado de Nova York. As conversas foram encerradas em julho, sem acordo.

O empresário não quis revelar quanto pediu pela companhia.

"A mídia falou em 200 milhões de dólares, o mercado falou em 250 milhões. Não repassei mandato de venda para ninguém e não tenho interesse em vender, mas como empresário sou obrigado a ouvir a proposta".

A Reuters comunicou à Bunge no Brasil sobre o teor da entrevista, buscando confirmação sobre a negociação, mas não havia uma posição até a publicação deste texto.

(de http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u638162.shtml)

Usina da Infinity está na mira de Bertin, Bunge e Noble

15/10/09 - 00:00 > AGRONEGÓCIOS
Usina da Infinity está na mira de Bertin, Bunge e Noble


Priscila Machado
SÃO PAULO - A recuperação das usinas nesta safra com a alta do açúcar e o aumento recente dos preços do álcool já resultam em um forte movimento de retomada das operações das empresas do setor. Além da intensificação da compra e venda de usinas, as empresas estão apostando em parcerias para novos projetos e desenvolvimento de tecnologia.

A próxima negociação do setor deverá ser a venda de umas das usinas do grupo Infinity Bio-Energy Brasil Participações S.A., controladora de cinco unidades sucroalcooleiras no País. A unidade que está sendo negociada junto a outras três companhias é a Usina Naviraí (Usinavi), localizada no Mato Grosso do Sul. A Bunge, o Noble Group e o Bertin são apontadas como possíveis compradoras e um acordo deve sair até o final de 2009. Com capacidade de moagem de 3,2 milhões de toneladas de cana-de-açúcar a Usinavi é a maior planta industrial da Infinity no País.

A possível venda da Usinavi está prevista no plano de recuperação judicial da Infinity e seria uma forma de a companhia reduzir seu passivo declarado de R$ 981,3 milhões. Em um laudo incluso no plano de recuperação judicial, a unidade produtora, máquinas e equipamentos foram avaliados em R$ 177,3 milhões. O plano deve ser votado, de acordo com a empresa, na segunda semana de novembro, em uma assembleia de credores prevista para ocorrer em São Paulo.

Na mesma região da Usinavi, a ETH Bioenergia inaugurou ontem a unidade Santa Luzia, localizada no Município de Nova Alvorada do Sul. A unidade tem capacidade de moagem inicial de 3 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por safra e será a maior usina de etanol e energia elétrica instalada no Mato Grosso do Sul.

Com os preços do açúcar e álcool em alta, as empresas sucroalcooleiras voltam a apresentar liquidez após dois anos de crise para o setor. Com a perspectiva de demanda crescente para os dois produtos as empresas sinalizam a retomada de projetos e novos investimentos. "Até 2012, a previsão é investir cerca de R$ 400 milhões para elevar a capacidade instalada de moagem da usina para 6 milhões de toneladas por safra", afirma José Carlos Grubisich, presidente da ETH, sobre a usina que acaba de ser inaugurada pela empresa.

Além da Unidade Santa Luzia, a ETH conta com mais dois projetos greenfields de igual capacidade instalada de moagem: a unidade Rio Claro, localizada em Goiás, que iniciou as operações em agosto deste ano, e a unidade Conquista do Pontal, construída em São Paulo, que será inaugurada em outubro. A primeira fase das três unidades contou com investimento de R$ 1,5 bilhão.

A ETH opera ainda a unidade Alcídia, também localizada em São Paulo e deve iniciar a safra 2010/2011 com capacidade instalada de moagem de 13,2 milhões de toneladas de cana por safra. Até 2012, as outras usinas passarão por novos ciclos de investimentos. Nesse contexto, o investimento total em cada greenfield será de R$ 900 milhões e a capacidade total instalada de moagem das cinco unidades da ETH atingirá 28 milhões de toneladas de cana por safra.

Na última semana, a companhia anunciou que irá fazer uma combinação de seus ativos com a Brenco e a assinatura de um contrato para o fornecimento, por três anos, de 150 milhões de litros de etanol com a Braskem. A Braskem, por sua vez, anunciou um acordo com a Johnson & Johnson para a venda do polietileno verde produzido pela companhia no Rio Grande do Sul a partir do final do ano que vem.

As novas parcerias foram anunciadas no momento em que os preços do etanol estão subindo de forma acelerada, preocupando até mesmo o governo. O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, afirmou ontem que o governo tem mecanismos para intervir no mercado, caso os preços do álcool continuem em níveis elevados. O preço do álcool disparou nos postos brasileiros, subindo 8,74% em um mês, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP).

Uma das medidas sugeridas seria a redução de financiamento para formação de estoques. A segunda alternativa seria a redução da mistura do álcool à gasolina. "Essa mistura já esteve em 23% e passou para 25%. Podemos diminuir", comentou o ministro.

Outra pendência no âmbito governamental aguardada pelas empresas do setor é a criação do marco regulatório defendido ontem por Marcos Jank, presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Única), na Câmara Federal, além de uma política tributária mais favorável para reduzir as incertezas quanto participação do etanol na futura matriz de combustíveis.
(de http://www.dci.com.br/noticia.asp?id_noticia=304539&__akacao=189741&__akcnt=824b6f65&__akvkey=4d21&utm_source=akna&utm_medium=email&utm_campaign=ONN%20Destaques%20DCI%20%2815/10/2009%29)