terça-feira, 9 de novembro de 2010

Dias tensos: nos bastidores da Vale

(de http://www.valoronline.com.br/impresso/vale/1902/332545/dias-tensos-nos-bastidores-e-no-comando-da-grande-mineradora?utm_source=newsletter&utm_medium=tarde_05112010&utm_campaign=informativo)


Gestão: O presidente da Vale, Roger Agnelli, enfrenta críticas internas, por sua gestão, iniciada em julho de 2001, e teria perdido apoio dos acionistas, levando a rumores no mercado sobre sua saída da companhia

Dias tensos nos bastidores e no comando da grande mineradora

Vera Brandimarte, Vera Saavedra Durão, Ivo Ribeiro, Graziella Valenti e Catherine Vieira | De São Paulo e do Rio
05/11/2010
Texto:-A +A
Régis Filho/valor


Agnelli: "Uma coisa é tirar uma empresa de US$ 8 bi para US$ 160 bi, outra é tirar de US$ 160 bi e elevar a US$ 2 trilhões"
A Vale, maior produtora de minério de ferro do mundo, vem apresentando resultado recorde apesar dos tempos difíceis do mercado mundial. No terceiro trimestre, o lucro líquido da empresa alcançou R$ 10,5 bilhões, e o acumulado em nove meses, R$ 20,1 bilhões. No melhor ano até então, 2008, no período foram R$ 18,8 bilhões. No entanto, nunca Roger Agnelli, o poderoso, admirado e temido CEO da Vale, esteve tão na berlinda.
Faz alguns meses, o processo de tomada de decisões no conselho tornou-se mais arrastado e as decisões de Agnelli deixaram de ser prontamente referendadas pelos acionistas - entre os quais a controladora Valepar, que reúne a Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, e outros fundos, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Bradespar, empresa de participações do Bradesco, e a japonesa Mitsui. Até a presidência do conselho de administração está em compasso de espera: Ricardo Flores, que acaba de assumir a Previ, deve ser nomeado para o lugar de Sergio Rosa, ex-presidente da Previ e chairman da Vale desde abril de 2003.
Na Cidade de Deus, em Osasco (SP), onde fica o headquarter do Bradesco, não há mais sustentação incondicional a Agnelli, um dos mais promissores executivos do banco quando foi indicado para comandar a Vale, nove anos atrás - apesar do prestígio que ele tem junto ao presidente da Bradespar, Mario Teixeira. Agnelli teria violado regra da cultura do banco: não misturar negócios com política e não se indispor, especialmente em público, com governos.
Um dos problemas seria a declaração atribuída ao CEO da Vale de que os boatos de sua iminente saída da companhia seriam motivados por pessoas do PT (Partido dos Trabalhadores) que querem posições na Vale. Em entrevista ao Valor, Agnelli explica o contexto em que tal declaração foi dada (ler na página ao lado), e diz que não foi uma crítica ao partido nem confronto com o governo do presidente Lula.

Os percalços de Agnelli têm explicações diferentes dentro da própria corporação. O Valor ouviu, nos últimos dois meses, diretores e ex-diretores da Vale, atuais e ex-conselheiros da companhia, acionistas, competidores, parceiros e analistas para relatar o que ocorre na empresa, cuja imagem no mercado está sendo arranhada diante da possibilidade de substituição do CEO por razões políticas. Seria apenas um rumor sem consequências, sustentado pelo clima eleitoral, quando ambições se exacerbam, ou haveria outras razões para supor-se que o ciclo da gestão Roger Agnelli completou-se na Vale?
Ele esteve à frente da transformação da Vale de uma empresa com receita líquida de R$ 9,5 bilhões, no ano de 2000, em uma companhia de R$ 48,5 bilhões no ano passado (foi a R$ 70,5 bilhões em 2008, antes da crise, e deve alcançar algo próximo a R$ 72,5 bilhões este ano, segundo previsões de mercado). Ainda pelos padrões contábeis brasileiros, seu lucro líquido veio de R$ 2,1 bilhões em 2000 para esperados R$ 22,7 bilhões neste ano (em 2009, o resultado foi de R$ 10,2 bilhões, depois do recorde de R$ 21,3 bilhões em 2008). O valor em bolsa da companhia passou de R$ 16,7 bilhões no último pregão de 2000, para R$ 275 bilhões na última segunda-feira. Os acionistas receberão cerca de US$ 3 bilhões de dividendos e juros sobre capital próprio relativos a 2010 (em torno de R$ 5,1 bilhões), comparados a US$ 246 milhões no ano de 2000.
A Vale comprou empresas mundo afora, disputou o controle de concorrentes, arrematou a Inco, uma das maiores do mundo em níquel e um dos orgulhos canadenses, diversificou-se para áreas como fertilizantes e carvão e virou um negociador à altura de seu tamanho ao puxar o minério de ferro de um patamar de US$ 20 a tonelada para até US$ 140 em dez anos. Em 2005, surpreendeu o mercado internacional ao emplacar um aumento de 70,5%, quebrando o padrão dos leves ajustes anuais, e este ano voltou à carga com a introdução da sistemática de reajuste trimestral, que em um mercado comprador permite recuperação mais rápida de preço. Soube dimensionar e tirar partido do voraz apetite de quem podia pagar pelo seu produto: a China.
Nesse período, o CEO da Vale tornou-se um dos executivos mais admirados e bem pagos. Em 2009, a remuneração paga à diretoria, que na média teve 6,33 membros no ano, somou R$ 43 milhões. Para este ano oito executivos terão R$ 79,8 milhões, dos quais R$ 23,5 milhões em ações, segundo declaração à CVM (Comissão de Valores Mobiliários).
Executivos reclamam da relação com o presidente e da pouca importância que é atribuída à diretoria
Por nove anos Agnelli ganhou o prêmio Executivo de Valor, um certificado de sucesso no meio empresarial conquistado em eleição promovida pelo Valor e os maiores headhunters em atuação no Brasil. Por conta desse desempenho, recebeu das mãos do presidente Lula, na festa dos 10 anos do jornal, em maio, um prêmio como um dos cinco executivos da década.
Tudo em sua vida profissional desde que chegou à Vale tornou-se superlativo, o que muitas vezes é criticado interna e externamente. O aparato de seguranças que o cerca em seus deslocamentos, os aviões que o servem - o Global, da Bombardier, que só se rivaliza com o Gulfstream G550, de seu desafeto Eike Batista, ou com o Falcon, da Dassault, todos com preços que variam de US$ 50 milhões a US$ 60 milhões, ou seu mais novo helicóptero da Eurocopter, avaliado em US$ 15 milhões - são de fazer inveja a donos de conglomerados. Mas também é superlativa a carga de trabalho que o executivo se impõe, unanimemente reconhecida como um dos motores do crescimento da Vale.
Mas se não há nada de errado com a companhia e suas perspectivas neste momento, como explicar o ocaso de seu brilhante CEO?
Segundo testemunho de nove diretores e ex-diretores da Vale, Agnelli se desgasta com seu time por sua personalidade forte e centralizadora, demonstra não confiar em seus diretores, proíbe-lhes o contato direto com o conselho de administração e a expressão de opinião, criou um sistema muito pouco transparente de promoções sem critério de meritocracia e acabou por restringir suas relações a um pequeno círculo, incapaz de criticá-lo, no qual desponta Carla Grasso, a diretora de Recursos Humanos e Serviços Corporativos. Com Agnelli, a Vale perdeu muitos de seus valiosos diretores, entre eles Gabriel Stoliar, Mozart Litwinski, Antonio Miguel Marques, Armando Santos, Diego Hernandez, Guilherme Laager, Phil Du Toit, Demian Fiocca, José Lancaster, Murilo Pinto Ferreira, Nélson Silva, Dalton Nosé, José Francisco de Martins Viveiros e Fabio Barbosa.
Ex e atuais executivos reclamam da relação com o presidente e da pouca importância que é atribuída à diretoria executiva, ausente em processos de decisão relevantes. Os diretores executivos, diz um deles, só foram oficialmente informados de que a Vale comprara a Fosfértil (um negócio de US$ 3,8 bilhões) no dia seguinte do anúncio ao mercado. O pedido de demissão de Fabio Barbosa, CFO (diretor-executivo de Finanças) desde 2002 e para o mercado o homem mais forte da companhia depois de Agnelli, assim como sua substituição por Guilherme Perboyre Cavalcanti, foram comunicados aos diretores e conselheiros em lacônico e-mail, numa sexta-feira, 25 de junho, durante o jogo do Brasil com Portugal na Copa do Mundo da África do Sul, deixando todos perplexos. Procurado na segunda-feira seguinte pelo Valor, Sergio Rosa, presidente do Conselho, se disse surpreso. Ele ainda desconhecia as razões da demissão. Da mesma forma o representante do Bradesco, Renato Gomes, admitiu ter sido surpreendido: "Fábio tinha um bom trabalho na companhia. Roger comunicou os motivos da sua saída ao representante dos acionistas, Mario Teixeira, ao longo do fim de semana. Mas como estava de férias ainda não recebi a informação", afirmou na época ao Valor.
Naquela mesma segunda-feira, Agnelli colocou seu indicado na sala de Fábio Barbosa. Mas, de forma também pouco usual, Cavalcanti teve que esperar por três meses até ser oficialmente nomeado pelo conselho da empresa. Demorou igualmente meses a aprovação da nova estrutura executiva das áreas operacional, logística e comercial, que passou de unidades de negócios para uma estrutura matricial, assim como tem sido retardada a aprovação do novo plano de remuneração dos executivos.
Nada ou muito pouco dessas dificuldades transparece para o público externo. Cada vez mais a Vale tem aparecido em campanhas publicitárias ao redor do mundo e em grandes entrevistas com anúncios de planos - alguns recebidos com ceticismo, como o de tornar-se a maior empresa do mundo em biocombustível. Isso exigiria domínio de vastas extensões de terra, complexas relações contratuais de fornecimento de matéria-prima e de trabalho, conhecimento tecnológico e de mercado, que estão distantes da experiência da companhia.
Incomoda sobretudo ao público interno a sustentação dada por Agnelli a Carla Grasso, a quem cabe executar as decisões impopulares. Ex-secretária de Previdência Complementar do Ministério da Previdência no governo Fernando Henrique Cardoso, ex-mulher de Paulo Renato, ministro da Educação de FHC, Carla Grasso entrou na Vale em dezembro de 1997, logo após a privatização da empresa, como diretora de pessoal, administração e tecnologia da informação do centro corporativo e foi responsável pela "limpeza" da companhia, que incluiu, além do forte enxugamento de quadros, o afastamento de diretores e mudanças no plano de previdência dos funcionários, associados à Valia.
Agnelli não só a manteve mas a promoveu a diretora executiva, responsável também pelas áreas de TI, suprimentos, comunicação e atividades da corporação. Uma de suas funções, segundo depoimentos colhidos, é 'fritar' o executivo que cai em desgraça perante Agnelli. Um deles, depois de meses de 'fritura', que inclui exposição e cobrança em tom duro de supostos erros durante reunião de diretoria, teria enfartado durante uma viagem internacional. Demitiu-se em seguida e iniciou um novo negócio. Outro executivo, que se propôs a ser candidato a representante dos trabalhadores no conselho, foi demitido sem receber bônus a que tinha direito. Processou a Vale, tomou um processo e acabou por acusar a direção da empresa de abuso de poder e assédio moral. O processo corre na Justiça trabalhista do Rio.
Em comum, ex-executivos relatam a experiência de terem sido ungidos a gênio para cair de repente e sem muita explicação ao inferno, quando um tratamento frio começou a lhes ser dispensado.
Grasso não quis dar entrevista e, por meio da assessoria de imprensa, declarou: "Várias decisões são tomadas em consenso da diretoria executiva. Eventualmente, os diretores podem ter que executar alguma medida em nome do colegiado, o que não significa que tenha sido uma decisão individual". Agnelli defende com veemência sua diretora, afirmando que ela é apenas a executora das decisões (leia ao lado).
Como responsável pela área de comunicações, Grasso tampouco ajudou Agnelli em suas relações com a mídia. Em muitos momentos, quando negociava aquisições internacionais, Agnelli se irritou ao ver publicadas notícias sobre a operação. O executivo chegou a desconfiar até mesmo de seu conselho, de seus diretores, e tornou-se cada vez mais econômico nas informações para seu time. Ao Valor, inúmeras vezes disse que a publicação das notícias era crime, pois aquelas eram informações sigilosas, e que sabia quem as passava ao jornal. Como elas não foram obtidas de forma ilegal, o problema voltava para a própria Vale. Principalmente durante duas dessas operações, da canadense Noranda e da mineradora suíça Xstrata. Esta última, segundo um conselheiro, foi barrada pelo conselho para sorte da Vale. Teria sido um péssimo negócio porque logo veio a crise global, os preços dos metais desabaram e, para fechar a operação, a Vale teria que contrair uma dívida avaliada em pelo menos US$ 50 bilhões.
Agnelli usou, na semana passada, o argumento do crime para advertir os conselheiros de que nada poderia vazar em suas reuniões. Ele poderia reclamar se fossem informações estratégicas, mas não sobre o entrevero que se deu com fundos de pensão a respeito de suas declarações durante viagem à Zâmbia, em meados do mês passado, quando boatos sobre sua substituição já ganhavam corpo. Segundo o jornal "O Globo", ele disse: "Tem muita gente procurando cadeira, essa é a realidade. E normalmente é a turma do PT. Toda eleição acontece isso. Agora, quem decide são os acionistas". Sabendo dos bons números que teria a divulgar relativos ao trimestre já fechado, não teve dúvidas em manter sua aposta: "Qualquer decisão (sobre sua permanência no cargo) estará sempre fundamentada em resultados. O resto é jogo de bastidor, jogo de eleição, jogo político, jogo de sindicato".
Agnelli teve com o presidente Lula um relacionamento mais de altos do que de baixos
Agnelli justifica que respondeu a pergunta insistente sobre se estava deixando a companhia, e quis apenas explicar que seus acionistas não tinham essa opinião. Mas, pelo período eleitoral e pelas acusações que a oposição tentava colar em Dilma, de que o PT estava fazendo um aparelhamento nas empresas nas quais o governo tinha participação, o comentário não caiu bem. Nem no governo nem nos fundos de pensão, que tomaram as dores e cobraram explicações, e nem no Bradesco, onde a identificação do banco com o executivo da Vale poderia provocar constrangimentos com o governo.
Agnelli teve com Lula um relacionamento mais de altos que de baixos. Esteve ao lado de Lula em todas as incursões internacionais do Presidente da República desde seu primeiro governo, emprestando-lhe um passaporte global. As relações ficaram ruins com a crise, em 2008, quando o governo apelou às grandes empresas para que mantivessem nível de emprego e investimentos, para o país passar sem traumas pela crise.
Mas a Vale esteve entre as primeiras a anunciar uma grande demissão. Lula passou a bater na empresa. Cobrou mais investimentos no Brasil. Agnelli tentou compor. Viu boas perspectivas no setor de fertilizantes e buscou jazidas fora do país. Comprou a Fosfertil, garantindo o que o governo queria: quebrar o oligopólio estrangeiro que se estabelecera no setor de fertilizantes após a privatização.
O governo também julgava que a empresa deveria compensar um Estado pobre como o Pará, porque o minério de ferro de Carajás é extraído sem compensação adequada em impostos. De Carajás a Vale extrai anualmente quase 100 milhões de toneladas de minério de ferro, isento de ICMS, porque é todo para exportação, e tributado em apenas 2% pela Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais, sobre a receita líquida anual. A compensação seria uma usina siderúrgica no Estado. Projetos de exportação de placas (aço semiacabado) ficam próximos de portos, onde recebem o minério e o carvão importado. Esse ficaria no meio do caminho entre Carajás e o porto de Ponta da Madeira, no Maranhão, e não havia parceiros interessados. Agnelli resistiu, foi criticado por Lula, até o mercado julgar que sua cabeça estava a prêmio. Cedeu, em busca de reconciliação, sob crítica da área financeira da empresa.
Na siderúrgica do Pará, localizada em Marabá, o Valor apurou com diferentes fontes que os trabalhos de terraplenagem iniciaram-se no ano passado, como queria Lula, com tomada de preços de fornecedores. Mas até hoje o projeto de engenharia não foi encomendado. Tivesse o PSDB ganho as eleições, seria menor a ingerência política na Vale para obrigá-la a fazer investimento sem grande retorno. Um ano atrás, a vitória da candidata Dilma Rousseff, uma desconhecida no mundo político, sobre o candidato José Serra, do PSDB, parecia impossível. Agnelli poderia simplesmente ter tentado ganhar tempo ao postergar o projeto de engenharia. Ele explica que a demora na decisão deveu-se ao problema de logística, solucionado pelo governo com a construção de eclusas no Rio Tocantins.
As relações com seu maior apoiador junto ao PT, Sergio Rosa, também mudaram. No começo da gestão de Rosa, a Previ vinha de um período negro de déficit nas contas e travava guerra pública com o Opportunity, de Daniel Dantas, pelo controle da Brasil Telecom. Qualquer deslize do fundo e dos seus dirigentes significava munição para os adversários. Nesse contexto, a Vale era a menina dos olhos da Previ, que alcançou superávits recordes tendo a mineradora como estrela da sua carteira.
De postura extremamente discreta, Rosa nunca fez uma crítica pública a Agnelli, o que, por sua vez, acabou por identificá-lo com o presidente da Vale aos olhos de áreas do governo. O ex-presidente da Previ agiu como bombeiro nas relações governo e Vale, quando Lula passou a criticar Agnelli, mas pessoas próximas a Rosa consideram que o CEO da Vale não retribuiu o esforço. "Jamais se pediu cargo ou a cabeça de ninguém", afirmou fonte dos fundos, referindo-se a boatos de que os fundos queriam a demissão de Carla Grasso, vista como o braço do PSDB na Vale junto com o ex-diretor Fábio Barbosa. "A Previ tinha apreensão de que ela saísse, porque acabaria alimentando esse tipo de comentário." Procurado, Rosa disse que prefere sempre tratar dos assuntos da empresa internamente.
Um executivo experiente do setor avalia ser natural os problemas enfrentados por uma gestão de 10 anos, e, se o CEO não tem habilidade no trato com as pessoas da corporação, "leva a desgaste mesmo que tenha agregado bastante valor à companhia".
Contra a boataria, Agnelli tem a mostrar o desempenho da companhia, que agrada investidores, sobretudo externos. A seu favor também conta o quanto cairia mal uma substituição entendida como só por razões políticas. A questão é saber quanto do seu desgaste para o público interno seria amenizado por uma eficiente política de RH e até que ponto o novo governo, que será acompanhado pelos demais acionistas, está disposto a correr o risco de sua substituição para renovar a Vale.

Presidência do conselho da Vale

(de http://www1.folha.uol.com.br/mercado/827684-ricardo-flores-e-indicado-a-presidencia-do-conselho-da-vale.shtml)

09/11/2010 - 09h02

Ricardo Flores é indicado à presidência do conselho da Vale

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DE SÃO PAULO


A Vale anunciou nesta terça-feira que sua controladora, a Valepar, indicou Ricardo Flores para a presidência do conselho de administração da maior produtora de minério de ferro do mundo. Atualmente, Flores é presidente do Previ (fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil)
O nome do executivo ainda será submetido ao conselho da mineradora em 25 de novembro.
O executivo, se aprovado, vai substituir Sérgio Rosa, ex-presidente do Previ e que ocupa a presidência do conselho da Vale desde maio de 2003.
A mudança no conselho da Vale acontece em um meio a rumores de que o governo federal estaria inclinado a pressionar pela troca da presidência-executiva da mineradora, atualmente ocupada por Roger Agnelli.
Na composição acionária da Vale, o governo federal tem golden share na mineradora e participação de 5,4% por meio do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social). Enquanto isso, o Previ afirma deter 14,44% de participação na empresa até junho deste ano.
Em nota, a Vale ressalta que "Sergio Rosa ocupou a presidência do Conselho desde maio de 2003, deu importante contribuição para o processo de consistente criação de valor para os acionistas da Vale nos últimos anos".
Com informações da Reuters.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Investimento deixará Vale no limite da capacidade de crescimento

Investimento deixará Vale no limite da capacidade de crescimento


O presidente da mineradora Vale, Roger Agnelli, afirmou nesta quinta-feira que o plano de investimento previsto pela empresa para 2011 é recorde e que vai levar a companhia ao limite de sua capacidade de crescimento.
De acordo com Agnelli, o valor de US$ 24 bilhões (cerca de R$ 40,8 bilhões) apresentado pela empresa hoje "é o maior plano de investimento da historia da mineração". A cifra é a maior já investida pela companhia em um ano e representa um crescimento de 125% em relação aos US$ 10,66 bilhões gastos nos últimos 12 meses encerrados em setembro de 2010.
A companhia dará ênfase ao crescimento orgânico no próximo ano, com 73% do orçamento destinado à execução de projetos e 8,3% a pesquisa e desenvolvimento.
Entre as áreas de negócio da Vale, os minerais ferrosos continuarão recebendo a maior parte dos aportes (35,5% do total), mas o segmento de fertilizantes, cobre e carvão começam a ganhar mais espaço na alocação dos recursos, confirmando a busca pela companhia pela diversificação de seu portfólio.
A área de fertilizantes receberá US$ 2,5 bilhões no próximo ano, o que representa uma fatia de 10% no plano total, enquanto o segmento de metais base --onde está inserido o cobre-- ficará com US$ 4,3 bilhões, ou 18% do total. A Vale destinará ainda US$ 5 bilhões à área de logística para dar suporte às suas operações de minério de ferro, carvão e potássio. Carvão terá US$ 1,6 bilhão. Siderurgia ficará com US$ 677 milhões e a de energia, 794 milhões.
A maior parte dos investimentos será realizada no Brasil: 63,8%. Cerca de US$ 1,9 bilhão serão aplicados no Canadá, seguido por Argentina (US$ 1,4 bilhão), Guiné (US$ 1,13 bilhão) e Moçambique (US$ 1,12 bilhão). Na China, a Vale investirá US$ 663 milhões em 2011.
FINANCIAMENTO
Em comunicado, a Vale informa que 18 grandes projetos entrarão em operação entre 2010-12, o que aumentará a capacidade de financiamento da empresa, "sem a necessidade de alavancar nosso balanço". Segundo a Vale, a entrada em operação desses projetos implica em iniciar a geração de caixa a partir de US$ 26 bilhões ao longo de seu desenvolvimento.
"Com os ativos existentes e os que entrarão em operação no futuro próximo, esperamos manter a produção crescendo em ritmo acelerado", informa a companhia.
A produção de minério, segundo a Vale, deve atingir 522 milhões de toneladas em 2015.
A produção de carvão deve chegar a 42 milhões de toneladas no mesmo período, enquanto a de potássio e rocha fosfática chegarão a 3,4 e 12,7 milhões de toneladas, respectivamente. Já a produção de cobre e níquel crescerá para 691 mil toneladas e 381 mil toneladas em 2015, nesta ordem.
O plano de investimento da Vale para o próximo ano foi aprovado em reunião do conselho de administração realizada hoje. Na noite de ontem, a mineradora divulgou lucto líquido de R$ 10,5 bilhões no terceiro trimestre, uma alta de 253% em relação ao mesmo período de 2009.
Ontem à noite, a mineradora publicou seus resultados, com lucro líquido de R$ 10,6 bilhões, quase 60% acima do ganho apurado no segundo trimestre deste ano, e 253,4% mais alto que o lucro do terceiro trimestre do ano passado. O resultado histórico da empresa bateu as expectativas do mercado.

(de http://www1.folha.uol.com.br/mercado/821780-investimento-deixara-vale-no-limite-da-capacidade-de-crescimento.shtml)

Bunge investe R$ 32,4 mi em nova fábrica em SC

(de http://economia.estadao.com.br/noticias/not_41110.htm)


Bunge investe R$ 32,4 mi em nova fábrica em SC

27 de outubro de 2010 | 17h 11


AE - Agencia Estado
SÃO PAULO - São Paulo, 27 - A Bunge assinou hoje protocolo de intenções para a construção de uma nova fábrica de maionese na cidade de Gaspar, no Vale do Itajaí, em Santa Catarina. O aporte será de R$ 32,4 milhões, com a geração de 100 empregos diretos e 300 indiretos. A unidade ficará ao lado da fábrica da companhia que produz margarinas e óleos, terá capacidade de produção de 42 mil toneladas de maionese anuais, com previsão para ser inaugurada em dezembro do ano que vem.
"O investimento é resultado do compromisso do governo de Santa Catarina em manter os incentivos fiscais para a empresa", diz a Bunge, em nota à imprensa. Em 2009, a companhia teve faturamento consolidado de R$ 27,4 bilhões. Na área de alimentos, possui sete refinarias de óleo vegetal (LEM, Rondonópolis, Luziânia, Jaguaré, Gaspar, Passo Fundo e Suape) e três unidades de margarina (Suape, Jaguaré e Gaspar), além de uma unidade de maionese (Jaguaré). A segunda será a de Gaspar.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Áreas de mineração não aproveitadas serão retomadas?


10/02/2010 - 16h44

Governo quer retomar áreas de mineração não desenvolvidas, diz Lobão


O governo está buscando uma brecha na legislação para obrigar os atuais donos de licenças minerárias de áreas ainda não desenvolvidas a iniciar a lavra em curto espaço de tempo ou devolvê-las, informou o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão.
da Reuters, no Rio

"Se encontrar uma brecha na lei para pegar quem tem licença e não lavrou, vamos obrigar a devolver, como acontece na indústria do petróleo", disse Lobão, referindo-se ao regime de concessão vigente do setor de petróleo que estabelece prazos rígidos para início da exploração e produção.

"Mas não vamos rasgar contratos", ressaltou o ministro, admitindo que a Vale, maior produtora de minério de ferro do mundo, detém um grande número de licenças. "Tem gente que tem 500 licenças e não faz nada, vamos acabar com isso."

Esse e outros temas integrarão o novo marco regulatório do setor de mineração do Brasil, que foi desmembrado da discussão sobre aumento de royalties "que irá prosseguir nos ministérios da Fazenda e Minas e Energia", segundo Lobão, "mas sem tanta pressa".

"Aumento de tarifa é importante, mas temos que fazer isso com segurança. Mas como não temos consenso entre Fazenda, Minas e Energia e Indústria de modo geral, deixamos pra depois."

O ministro deixará o cargo entre o final de março e começo de abril para concorrer ao Senado.

"O marco não tem que ter a mesma pressa que eu", disse, indicando que a tramitação das propostas de mudanças pode demorar ainda vários meses.

Segundo o Lobão, o governo arrecadará recursos nos leilões que serão promovidos e que também, a exemplo da indústria de petróleo, terão bônus de assinatura. Os prazos para lavra cairão de sete para três anos e as pessoas físicas não poderão mais obter licenças, apenas as pessoas jurídicas.

Fertilizantes

O governo vai editar uma lei própria para o segmento de fertilizantes e terá como carro chefe da revitalização do setor a estatal Petrobras, informou Lobão.

Segundo ele, Vale e Petrobras juntas estão buscando sócios para criar uma subsidiária que vai explorar a mina de potássio da Petrobras na Amazônia.

"O Eike Batista também quer participar, ele veio pessoalmente dizer que também quer desenvolver fertilizantes no país", acrescentou Lobão.

Segundo o ministro, a Vale teria lhe informado que em um prazo de três a três anos e meio a companhia já estaria produzindo volume suficiente de fertilizantes para garantir o abastecimento do país, incluindo o que é produzido atualmente.

A companhia comprou por US$ 3,8 bilhões os negócios de mineração e produção de fertilizantes que pertenciam à Bunge no Brasil.

Por outro lado, a Petrobras agora dispõe do volume de gás natural suficiente para a produção de fertilizantes nitrogenados, o que era um gargalo anteriormente para se elevar o volume desse tipo de adubo.


Fertilizantes - plano em debate



Segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010 19:53


Stephanes: plano de fertilizantes ainda está em debate

CÉLIA FROUFE Agencia Estado

BRASÍLIA - O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, reforçou hoje que ainda está na fase de atribuição de tarefas entre os órgãos de governo envolvidos a discussão em torno da criação de um plano nacional de fertilizantes. De acordo com ele, um anteprojeto do Executivo com propostas sobre produção de pesquisa em jazidas será enviado ao Congresso Nacional antes do final do próximo mês.

"Estamos discutindo a respeito de quem vai articular as medidas. Qual instituição será encarregada de quê", disse. A criação de uma estatal que ficaria exclusivamente com o segmento de fertilizantes é uma hipótese que vem sendo estudada entre muitas outras, de acordo com Stephanes, mas ainda não há nenhuma definição sobre o assunto. "Isso ainda não está pronto", acrescentou.

A princípio, o Ministério de Minas e Energia está a cargo da elaboração de um novo Código Mineral, mas a Agricultura pressiona para que o segmento de fertilizantes receba tratamento diferenciado - e antecipado - devido à vulnerabilidade do País em relação à importação de matérias-primas, que encarecem os custos do produtor rural. Stephanes teme que a nova roupagem do Código Mineral demore mais de uma década para sair do papel e por isso defende a separação dos fertilizantes. Segundo ele, o assunto já foi pauta de reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que teria apoiado a alternativa.

Código Florestal

Stephanes conversou com jornalistas ao chegar à sede do Ministério da Agricultura após duas reuniões com outros representantes do governo no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede provisória da Presidência. Na primeira, estiveram presentes membros dos ministérios da Casa Civil e do Meio Ambiente. A pauta foi a reelaboração do Código Florestal. "Essas reuniões têm charme próprio", ironizou o ministro. O tema vem sendo sempre motivo de discórdia entre Stephanes e o titular do Meio Ambiente, Carlos Minc.

O ministro relatou que também esteve em reunião com o ministro de Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende. "Conversamos sobre a zona de amortecimento nos transgênicos", resumiu. Essas zonas são faixas de recuo de até 10 quilômetros entre as plantações que utilizam sementes transgênicas e as áreas de preservação ambiental. Há expectativa de que essa zona possa ser reduzida, mas Stephanes não concedeu mais detalhes a respeito da reunião com o colega.


Fertilizantes

Neste artigo, vejam a nota no final, com o sub-título "Fertilizantes":


A política do Brasil para o trigo está em discussão no governo brasileiro, que busca formas de tornar a produção do cereal no país mais estável, sem as altas e baixas de anos recentes, disse nesta quinta-feira o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes. "Precisamos definir qual o nível de política... É muito instável a nossa política de trigo", afirmou o ministro a jornalistas.

Ele ainda queixou-se da atuação da indústria no processo, lembrando que os moinhos, estocados com o produto importado no início da colheita brasileira, pressionam os preços do grão nacional, afetando a rentabilidade do produtor.

Melhor aproveitamento de fertilizantes pode suprir 20% da demanda, diz pesquisa

"Quando começa a colher o trigo, no final de agosto, os moinhos ficam estocados e não compram, e forçam a baixa [de preço]. Então essas questões têm que ser vistas, tem que ver como isso fica", declarou.

Na safra passada, quando as chuvas afetaram a qualidade de boa parte do cereal colhido no Brasil, o governo teve que atuar fortemente para garantir a liquidez da comercialização. De uma safra de 5 milhões de toneladas, apoiou com o PEP (programa que subsidia o transporte) mais de 60% da produção.

"No primeiro ano, estabelecemos uma política e foi tudo ótimo. No segundo, tivemos problemas de qualidade e moinhos estocados forçaram a baixa do preço. Então agora precisamos definir melhor o que queremos de uma política de trigo", disse.

Uma nova política envolveria financiamentos, seguro e "algo fundamental", segundo o ministro: "Vamos manter a importação de trigo no sentido de pressionar os preços na época da colheita? Essa é uma questão que precisa ser definida."

Segundo o ministro, as mesmas chuvas que afetaram a qualidade do trigo no ano passado poderão proporcionar uma colheita irregular de café, uma vez que os cafezais, com as precipitações fora de época, tiveram várias floradas.

Na hora da colheita, alguns grãos de café poderão estar verdes e outros maduros, em uma proporção maior do que o normal, o que pode resultar em problemas de qualidade na safra.

"Pode eventualmente atingir a qualidade do café, não posso falar isso, mas é a conclusão lógica que se tem. Começa a colher em abril, e ainda é um pouco cedo para se ter conclusão."

O ministro disse que as chuvas excessivas também devem reduzir em 1 milhão de toneladas a safra de arroz, "algo em torno de 10% da produção."

Por outro lado, as precipitações estão favorecendo, até o momento, a safra de soja e milho, cuja colheita está se desenvolvendo.

Fertilizantes

Segundo Stephanes, o governo atua em três frentes para tornar o país autossuficiente em fertilizantes no prazo de 10 anos.

Na primeira delas, a Petrobras estuda a questão dos nitrogenados. "Isso está bastante avançado, mas não posso dar detalhes, não cabe a mim", disse o ministro.

Na segunda frente, o governo trabalha em uma proposta para separar a produção minerária de fertilizantes da de outros produtos --como o ouro, por exemplo. Segundo Stephanes, um novo Código Mineral está em elaboração, para tratar de questões como ouro e diamante, mas a "agricultura não pode ficar 10 a 15 anos" à espera da legislação. "Então o governo vai fazer uma lei para tratar de fósforo e potássio", disse. Ele disse que uma proposta de lei para regular a produção minerária de fertilizantes será entregue ao Congresso no mês que vem.

A terceira frente para agilizar a produção de fertilizantes no Brasil é a análise das licenças de exploração. A medida vai avaliar o que poderá ser feito para as minas cuja produção se encontra parada.


Regras para mineração

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Infraestrutura: Empresas do setor ainda discutem o apoio às mudanças planejadas

Governo decide flexibilizar prazos previstos no novo Código Mineral


    Danilo Fariello, de Brasília
    23/02/2010
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O governo decidiu flexibilizar o novo Código Mineral nos dois prazos previstos para pesquisa e lavra em jazidas que serão concedidas. O minerador poderá renovar o período de 35 anos para exploração automaticamente, o que não era admitido no começo. Além disso, a empresa que solicitar autorização de pesquisa de lavra em determinado terreno poderá ter mais de cinco anos para fazer sua avaliação ou ter mais facilidades para prorrogar esse período. Essas condições serão revistas em favor das empresas, conforme indicado em reunião entre representantes do Ministério de Minas e Energia (MME) e do setor produtivo na semana passada.

A discussão, contudo, ainda permanece aquecida em Brasília. Desde quinta-feira, o MME reuniu-se com os municípios mineradores, representantes dos produtores e outros participantes do governo. O ministro Edison Lobão espera mandar os projetos de lei do novo código até o próximo mês para o Congresso, exceto o que trata da cobrança dos royalties.

O MME definiu prazos rígidos e curtos para que os empresários explorem as concessões para aumentar o controle do Estado sobre a exploração mineral no país. O argumento principal do governo é de que muitos concessionários de lavras não exploram o máximo de suas jazidas e especulam com o minério no solo, prejudicando a produção nacional. Hoje, o governo tem pouco amparo legal para determinar a caducidade de uma concessão, por isso o novo código traz normas mais rígidas para isso.

No caso do período da concessão de lavra por 35 anos, entende-se agora que ela possa ser automaticamente renovada se a empresa permanecer a explorá-la. Muitas das jazidas têm prazo de extração de mais de 50 anos, diz Nassri Bittar, presidente da Associação Profissional dos Geólogos do Centro-Oeste (Ageco). "Se o prazo for muito curto, como fica o risco da empresa que investiu US$ 2 bilhões em uma indústria ao lado da jazida?", questiona.

Para Luis Antônio Vessani, coordenador da Comissão Especial da Mineração da Confederação Nacional da Indústria (CNI), com a revisão desse prazo de concessão "extingue-se o risco de ocorrer uma lavra predatória nos últimos anos de concessão, quando a empresa tem expectativa de que ela termine logo."

Permanece, porém, a exigência de investimento anual mínimo e progressivo nos períodos de pesquisa e a exigência da entrega de relatórios finais a serem enviados ao governo após esses prazos. Todo o processo de prospecção e lavra será acompanhado mais de perto pelo governo.

Apesar da flexibilização das normas para as empresas, o governo mantém firme o princípio do novo código de dar mais poder do Estado sobre a exploração mineral, principalmente, ao criar a Agência Nacional de Mineração (ANM) e o Conselho Nacional de Política Mineral (CNPM).

Mesmo com as alterações já assumidas pelo MME na proposta de envio do novo marco da mineração, o setor produtivo ainda não se definiu entre apoiar ou ser contrário às normas. Uma reunião na quinta-feira na sede do Instituto Brasileiro das Mineração (Ibram) deverá selar a posição dos mineradores sobre a proposta do novo código mineral.