quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Desacordo no preço impediu venda do Pacífico à Bunge

Desacordo no preço impediu venda do Pacífico à Bunge

da Reuters

Uma diferença em torno de 10% no valor do negócio impediu que a Bunge Ltd. comprasse o Moinho Pacífico, de Santos (SP), maior unidade de moagem de trigo da América do Sul, disse nesta quarta-feira Lawrence Pih, proprietário da companhia.

Circularam comentários no mercado, no primeiro semestre, sobre uma eventual negociação entre as partes, mas até agora nenhum dos dois lados havia confirmado que houve negociação.

"É verdade. Houve uma negociação e chegamos a assinar um contrato de confidencialidade. E não fechou por uma questão de números", disse Pih à Reuters em seu escritório na sede administrativa do moinho, na região dos Jardins, em São Paulo.

"No final havia uma diferença de mais ou menos 10% entre o que eles queriam pagar e o que eu queria receber", acrescentou o empresário.

A Bunge já domina o mercado de processamento de trigo no Brasil, com nove unidades de industrialização em sete Estados mais o Distrito Federal.

A eventual compra do Pacífico, que possui capacidade de moagem anual de aproximadamente 900 mil toneladas de trigo, lhe daria uma posição de dominância no maior mercado consumidor no Brasil, o do Estado de São Paulo.

Segundo Pih, a negociação se estendeu por aproximadamente dois meses e chegou à direção da companhia, em White Plains, Estado de Nova York. As conversas foram encerradas em julho, sem acordo.

O empresário não quis revelar quanto pediu pela companhia.

"A mídia falou em 200 milhões de dólares, o mercado falou em 250 milhões. Não repassei mandato de venda para ninguém e não tenho interesse em vender, mas como empresário sou obrigado a ouvir a proposta".

A Reuters comunicou à Bunge no Brasil sobre o teor da entrevista, buscando confirmação sobre a negociação, mas não havia uma posição até a publicação deste texto.

(de http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u638162.shtml)

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